domingo, 26 de junho de 2011

Uma questão de prioridades

(PUBLICADO NO JORNAL O GLOBO - PAG. OPINIÃO - 25/06/2011)

Uma questão de prioridades

OSIAS WURMAN

É chocante o contraste entre a agilidade com que a União Européia luta para salvar a Grécia da bancarrota por gastança e incompetência, e a leniência com que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas trata do massacre de civis pelo governo sírio.

A cada sexta-feira vem se repetindo, após as orações islâmicas, a repressão militar com dezenas de mortos e centenas de feridos nas ruas das cidades da Síria e, em reação, apenas uma acusação anêmica da União Européia de que o governo do Irã, com fornecimento de armas, está ajudando ao governo sírio na repressão ao seu próprio povo.

Nada de concreto e efetivo da parte dos governos ocidentais, para impedir a continuidade deste massacre na Síria.

Em nossos dias, as crises financeiras têm merecido muito mais atenção mundial do que as crises humanitárias.

Lembram-se da recente catástrofe no Japão?

Alguma notícia recente sobre ajuda internacional ao país-símbolo da prosperidade e crescimento baseados na dedicação de um povo ordeiro e trabalhador?

As manchetes das últimas semanas no mundo todo têm sido, de forma quase repetitiva, de que o FMI ou a União Européia vão promover uma reunião de emergência para salvar a Grécia, Portugal, Itália, Irlanda e outros tantos...

Nesta semana completam-se cinco anos do sequestro de Guilad Shalit, soldado israelense, num ato terrorista do Hamas em solo israelense.

A Cruz Vermelha acaba de divulgar um veemente protesto contra o Hamas, pedindo prova de vida do seqüestrado, de quem a ultima notícia dada foi em outubro de 2009, quando um vídeo foi divulgado.

Alguém vai tomar alguma providencia, a nível institucional internacional, como a ONU em sua Comissão de Direitos Humanos?

O Estado de Israel ofereceu libertar 1.000 prisioneiros palestinos em troca de Shalit, mas o Hamas quer incluir a libertação de criminosos envolvidos em assassinatos, em troca de um inocente soldado que nunca entrou em combate.

Vamos passar a tratar de salvar a vida dos sírios massacrados, e libertar Shalit, ou continuaremos falando apenas das moedas?

OSIAS WURMAN é cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A paz em dois minutos


A paz em dois minutos

Autor: Mauro Wainstock, publicitário e jornalista.

Este artigo foi publicado originalmente no Jornal ALEF,
da comunidade judaica, e reproduzido em vários
blogs, sites e veículos de comunicação.

Também foi entregue ao prefeito de Jerusalém,
Nir Barkat; ao presidente da Agência Judaica,
Nathan Sharansky; e à ex-ministra das
Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni,
que ficaram muito sensibilizados.

Você já reparou que Israel, este minúsculo país, não possui assessoria de imprensa mas é assunto diário na mídia ? Entendendo ou não sobre política internacional, conhecendo ou não questões diplomáticas, sendo especialistas ou mero curiosos, somos (também estou te incluindo) obrigados a polemizar sobre seus posicionamentos e atitudes. Assim como no futebol, as discussões são tão empolgantes quanto desafiadoras; tão enérgicas quanto inócuas. Assim como no jogo, não entramos em campo, mas gritamos, xingamos, vibramos da arquibancada: criticamos o juiz, nossos próprios jogadores e até mesmo o torcedor do nosso lado... Mas a paz n&atil de;o é uma disputa, em que adversários duelam e só há espaço para um vencedor. A paz não se constrói com palavras “marketeiras” pronunciadas em palanques, com pseudo-sorrisos, abraços hipócritas ou constrangedores apertos de mão diante das câmeras. E menos ainda com fotos que eternizam assinaturas formais.

A única caneta da paz que realmente funciona é a usada pelo ”Educador” – entendido como aquele que coloca a paz verdadeira como sincera prioridade, independente de sua ideologia, nacionalidade ou nível sócio-cultural. Apenas ele é quem pode mudar mentes e corações. Que utiliza sua capacidade pessoal mobilizadora para alterar conceitos transmitidos e enraizados através de gerações contaminadas historicamente. Apenas ele tem o poder e a credibilidade para aglutinar e conscientizar. Apenas ele é quem tem a determinação, a liberdade e a vontade espontânea tão imprescindíveis para consolidar o conceito de que o “outro” não é um oponente, mas vem do mesmo berço, possui as mesmas raízes e ori gens. Que o “outro” não é um adversário, mas apenas pensa diferente. E que é justamente a integração destas diferenças que proporcionou culturas tão ricas, diversificadas, globalizadas e pluralistas.

O “já basta” deve ser uma ação concreta e não uma retórica diplomática. Não precisamos concordar, mas acordar. Temos que substituir o inconsciente coletivo pelo consciente individual. Um trabalho multiplicador, de constante envolvimento: em casa, na sala de aula, nas redes sociais, no dia a dia. Um empenho que nos obriga a sair da “zona do conforto”; que respeita o passado, age no presente e acerta no futuro. Que pensa com otimismo realista e ignora os negativistas ficcionais. Afinal, vidas perdidas são famílias sofrendo. E em famílias sofrendo, as vidas são perdidas. Quantos corações ainda serão atingidos precocemente ? Quantas lágrimas inocentes ainda vão chorar ? Quantos belos sonhos ainda serão transformados em tragédias reais ? Quantas vítimas continuarão sendo meros números do conflito, páginas viradas da história ? Não dá mais para continuar com provocações, agressões e ilusões.

Neste 01 de junho, “Dia de Jerusalém”, cidade sagrada, que une povos e religiões, etnias e raças, gêneros e ideologias, peço ao mundo que faça dois minutos de silêncio: um em homenagem àqueles que, de alguma forma, pereceram em nome da verdadeira paz, e outro para marcar uma nova era, protagonizada por aqueles que, com fé, garra, confiança e coragem, estão convictos de que é viável conquistar goleadas históricas no campo do respeito mútuo, do relacionamento pacífico, onde o preconceito será expulso e a “seleção do bem” sempre ovacionada.

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O Jornal ALEF publica notícias sobre Israel e o mundo judaico. Criado em 1995, possui 70.000 assinantes em 40 países e vem colecionando prêmios dentro e fora da comunidade judaica. É, de acordo com manifestação expressa da ONU, “fonte de referência séria para veículos nacionais e internacionais”. Para receber gratuitamente a newsletter do Jornal ALEF, acesse este link.


Abaixo, algumas das várias reproduções deste artigo na imprensa





Portal dos brasileiros que vivem em Israel

Portal da Federação Israelita do Rio Grande do Sul

Netanyahu: as fronteiras de 1967 são indefensáveis





00:22:2412 min.
Netanyahu, Benjamin - Prime Minister, ()
PRIME MINISTER OF ISRAEL. THANK YOU. THANK YOU VERY MUCH. THANK YOU. VICE PRESIDENT BIDEN, SPEAKER BOEHNER, DISTINGUISHED SENATORS, MEMBERS OF THE HOUSE,...
00:35:1238 min.
Netanyahu, Benjamin - Prime Minister, ()
ISRAEL FULLY SUPPORTS THE DESIRE OF ARAB PEOPLES IN OUR REGION TO LIVE FREELY. WE LONG FOR THE DAY WHEN ISRAEL WILL BE ONE OF MANY REAL DEMOCRACIES IN...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Um pouco da História da Universidade Hebraica de Jerusalem







Site universidade Hebraica de Jerusalém - em inglês
http://www.huji.ac.il/huji/eng/index_e.htm

Site universidade Hebraica de Jerusalém - em hebraico
http://www.huji.ac.il

News@HebrewU - Divisão de descobertas e relações públicas da Universidade Hebraica de Jerusalém - em inglês, alemão, francês e espanhol
http://www.hunews.huji.ac.il/

Rothberg International School
http://overseas.huji.ac.il/