O IRÃ É UM MODELO PARA AS REVOLUÇÕES ÁRABES?
Análise da Primavera Árabe feita por Michael Segall, Tenente-Coronel da Reserva das Forças de Defesa de Israel, especialista do Jerusalem Center for Public Affairs para questões estratégicas com enfoque no Irã, Terrorismo e Oriente Médio.
• Do ponto de vista do Irã, os acontecimentos recentes, especialmente no Egito (há muito considerado no Ocidente como uma âncora de estabilidade e o iniciador de um tratado de paz com Israel), representam uma melhora no status estratégico do Irã.
• Além disso, os eventos recentes têm concentrado toda a atenção na arena do Oriente Médio e removeram o programa nuclear iraniano do foco dos holofotes. O aumento do preço do petróleo para mais de 100 dólares o barril também levou à erosão da efetividade das sanções ao Irã (cuja utilidade ainda está por ser comprovada).
• O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Irã, major-general Sevved Hassan Firuzabadi, disse que a onda islâmica que está varrendo a região marca o início de um processo que terminará com a queda de Israel, e com os sionistas fugindo para seus países de origem. Ele acrescentou que os sinais de tal medo já são claramente visíveis no semblante dos líderes israelenses.
• Depois que os Estados Unidos derrubaram o regime iraquiano em 2003, o Irã sentiu-se cercado. Agora, Teerã se vê a caminho de completar um “cerco” regional a Israel – com o Hezb’Allah (Partido de Alá) ao norte e o Hamas ao sul. O Irã também acredita que a Jordânia, ao leste, se unirá às ondas de protesto, marcando a queda de mais uma nação que assinou um tratado de paz com Israel.
• O colapso da antiga ordem árabe nos países sunitas moderados do Oriente Médio é, pelo menos a curto ou médio prazo, favorável a Teerã e melhorou significativamente o status geo-estratégico do país e sua habilidade de promover um programa pan-islâmico xiita ambicioso.
• O Irã está aproveitando a atual comoção no mundo árabe e a confusão do Ocidente para intensificar sua intervenção, influência e interferência nas regiões que estavam anteriormente sob a influência dos Estados Unidos e do Ocidente, desdobrando sua força Al-Quds (uma unidade especial para “exportar” a revolução islâmica para além das fronteiras iranianas), enquanto também explora os recursos do Hezb’Allah, da Síria e do Hamas.
A QUEDA DOS REGIMES ÁRABES PRÓ-OCIDENTAIS
O abalo histórico que varreu o Oriente Médio, subvertendo a ordem que existia há décadas, pegou o Irã no meio da celebração do 32º aniversário da Revolução Islâmica. Embora o Irã não tenha sido a força motivadora por detrás de várias revoluções nos regimes árabes sunitas, os líderes iranianos assumiram o crédito.
Do ponto de vista do Irã, acontecimentos recentes, especialmente no Egito (há muito considerado no Ocidente como uma âncora de estabilidade e o iniciador de um tratado de paz com Israel), representam uma melhora no status estratégico do Irã, pelo menos em curto prazo. Para o Irã, a queda dos regimes árabes sunitas pró-ocidentais e a derrubada de seus governantes têm um impacto direto sobre o processo de fortalecimento regional e refletem a força da mensagem iraniana às nações árabes fora do controle de seus governantes.
O Irã entende a dominação do Hezb’Allah no Líbano, a tomada de Gaza pelo Hamas, o avanço contínuo do programa nuclear iraniano e, agora, as revoluções no mundo árabe como sinais do sucesso de sua revolução islâmica. Além disso, os acontecimentos recentes têm concentrado toda a atenção na arena do Oriente Médio e removido o programa nuclear iraniano da luz dos holofotes. O aumento do preço do petróleo para mais de 100 dólares o barril também levou à erosão da efetividade das sanções ao Irã (cuja utilidade ainda está por ser comprovada).
SAI O PAN-ARABISMO, ENTRA O PAN-ISLAMISMO.
Quase nada resta do campo árabe sunita “moderado”. Os poucos moderados que sobraram temem por suas posições e estão ocupados tentando manter a estabilidade na arena interna. Contra esse pano de fundo, vemos navios de guerra iranianos sendo despachados para a região via Canal de Suez, carregando não apenas uma mensagem militar, mas também recados políticos e estratégicos.
Além disso, os acontecimentos recentes bloquearam eficientemente o pan-arabismo e o estabelecimento de um campo árabe moderado unificado que pudesse servir como um contrapeso ao campo iraniano rejeicionista e provocador. Com a derrota imposta pelo Ocidente ao último símbolo do arabismo e do poderio árabe – Sadam Hussein – não resta agora nenhum líder carismático árabe nem há a probabilidade de que apareça um a qualquer momento.
TEERÃ APRESSA-SE PARA PREENCHER O VAZIO
O Irã (e também a Turquia) agora busca preencher o vazio resultante, servindo como modelo islâmico de oposição e independência. Enquanto as nações sunitas provavelmente estarão preocupadas estabelecendo novos governos em seus países, o Irã continuará a salientar seu estilo islâmico próprio como uma estrutura ou um modelo ideológico e político total para o estabelecimento de uma nova ordem no Oriente Médio. As crenças pan-islâmicas, sejam de natureza iraniana ou turca, muito provavelmente permearão o novo Oriente Médio emergente. Ao mesmo tempo, o Irã também continuará a desenvolver atividades na África e na América do Sul (onde o Hezb’Allah, agente do Irã, aumentou suas atividades de contrabando de drogas para os Estados Unidos) à medida que tenta desafiar o Ocidente também nessas frentes.
O Irã acredita que o crescimento de movimentos populares de oposição aos regimes árabes sunitas (especialmente no Bahrein, vide abaixo) tem produzido condições que o capacitam a expandir mais sua própria influência regional. Ele espera aumentar o uso de sua força Al-Quds (uma unidade especial destinada a atividades subversivas e a “exportar” a revolução islâmica para além das fronteiras do Irã) em colaboração com o Hezb’Allah libanês para intensificar sua intromissão nos países árabes que atualmente estão passando por agitações internas.
No passado, a subversão iraniana e os esforços para espalhar a doutrina xiita em países árabes encontraram oposição por parte das forças de segurança locais. Além do mais, os países que previamente continham o Hezb’Allah e o Hamas e promoviam o processo de paz (Egito, Arábia Saudita e Jordânia) agora ficaram enfraquecidos e estão preocupados com seus problemas domésticos, enquanto o Irã está cimentando vigorosamente seu status como líder do campo oposto ao processo de paz e à intervenção americana e ocidental na região.
A IMPRENSA IRANIANA VÊ A DESESTABILIZAÇÃO DE ISRAEL
Muitos porta-vozes e analistas iranianos vêem os recentes acontecimentos como um catalisador que leva à desestabilização de Israel na região, à luz do enfraquecimento da posição dos Estados Unidos e da perda de aliados regionais americanos, particularmente o Egito. De acordo com a imprensa iraniana, a Irmandade Muçulmana e outros grupos políticos no Egito devem agora expor o papel (negativo) dos Estados Unidos e de Israel em tudo o que está relacionado com (nas palavras deles): “os crimes de Mubarak contra o povo egípcio”. Há outras afirmações de que o presidente Obama, para quem a revolução egípcia foi um duro golpe, está agora tentando, a quase qualquer preço, impedir que ela se espalhe rapidamente por outras áreas sob o governo de aliados da América.
A imprensa iraniana – sempre altamente crítica dos governantes egípcios, que são vistos como responsáveis pela paz com Israel, convocou os novos líderes do Egito para tentarem “o doce experimento que muitas nações em todo o mundo estão observando” – de terem liberdade da influência do Ocidente.[1] Numa tendência semelhante, os jornais iranianos descrevem a queda dos regimes dependentes dos Estados Unidos como um golpe severo contra os americanos e Israel.[2] O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Irã, major-general Sevved Hassan Firuzabadi, disse que a onda islâmica que está varrendo a região marca o início de um processo que terminará com a queda de Israel, e com os sionistas fugindo para seus países de origem. Ele acrescentou que os sinais de tal medo já são claramente visíveis no semblante dos líderes israelenses.[3]
A GRANDE ERUPÇÃO XIÍTA
Ao mesmo tempo, o Irã pode buscar explorar a atual fragilidade do mundo árabe sunita para estabelecer fortalezas xiitas em áreas árabes sunitas, embora suas aspirações nessa área sejam de modo geral encobertas. Da mesma forma, o Irã está aproveitando a libertação do Iraque pelos Estados Unidos – embora os xiitas iraquianos divirjam do modelo iraniano e geralmente exijam a separação entre a religião e o Estado – para restaurar o poder dos xiitas no mundo islâmico. O primeiro sucesso do Irã foi registrado no Líbano com o estabelecimento de um governo com o apoio do Hezb’Allah, seguido por ondas de protesto predominantemente no Bahrein xiita e no leste da Arábia Saudita.
A mídia estatal do Irã em inglês (Press TV) e em árabe (Al-Alam News Network), ambas direcionadas a audiências não-iranianas, proporciona ampla cobertura dos acontecimentos e destaca os protestos nas áreas xiitas por todo o mundo árabe.
DO CERCO AO CONTRA-ATAQUE
O abalo na ordem árabe tradicional reforça o sentido de justiça dos líderes iranianos em seu próprio sistema e causa. Depois que os Estados Unidos derrotaram o regime iraquiano em 2003, o Irã sentiu-se cercado, com o Afeganistão a leste, o Iraque ao sul, os Estados do Golfo também ao sul e o Azerbaijão ao norte. Ele agora se sente melhor em quebrar esse cerco e até mesmo em infiltrar-se nas regiões vizinhas tanto quanto em outras partes do mundo.
Na verdade, Teerã se vê a caminho de completar um “cerco” regional a Israel – com o Hezb’Allah ao norte e o Hamas ao sul. O Irã também acredita que a Jordânia, ao leste, se unirá às ondas de protesto, marcando a queda de mais uma nação que assinou um tratado de paz com Israel.
A MISSÃO ISLÂMICA HISTÓRICA
Em meses recentes, o presidente Mahmoud Ahmadinejad tem promovido freqüentemente o estilo iraniano do islamismo revolucionário como uma alternativa viável. Na conferência de imprensa no dia 23 de fevereiro, para marcar a apresentação de um supercomputador fabricado no Irã, Ahmadinejad anunciou que “o mundo está à beira de mudanças e acontecimentos globais enormes, desde a Ásia até a África, desde a Europa até a América do Norte”. Ele também conclamou uma reestruturação do Ministério Iraniano do Exterior para se adaptar “à missão histórica da nação iraniana nos dias de hoje. Atualmente, precisamos de paixão, caráter e energia em nossa política externa. Precisamos empregar todas as nossas capacidades e talentos, e todas as novas idéias da revolução deveriam nortear e dirigir nossa política externa”.[4]
Em seu estilo messiânico, Ahmadinejad referiu-se a uma “onda imensa e crescente”, afirmando que os acontecimentos no mundo árabe representam apenas uma parte disso e que “estamos esperando por aquele levante principal e pela grande onda que irá desarraigar todos aqueles enganos do mundo”.
Ele conclamou os líderes nacionais árabes a respeitarem o desejo do povo por reformas e mudanças: “Por que eles desempenham seu papel tão mal que o povo é forçado a pressioná-los e pedir por reformas?” Ele também criticou severamente o líder líbio Muammar Kaddafi[5] e condenou a dureza repugnante que Kaddafi adotou para reprimir seu povo: “Como um líder pode bombardear seu próprio povo e depois dizer que quem protestar será morto? Isso é inaceitável”.[6] O Crescente Vermelho iraniano (equivalente à Cruz Vermelha) até se ofereceu para enviar ajuda ao povo líbio.[7]
Ahmadinejad também falou criticamente sobre o Ocidente, acusando-o de tentar impedir o progresso e o desenvolvimento de outros países: “O pensamento materialista, tanto o representado pelo marxismo quanto o representado pelo capitalismo, ambos são a mesma coisa, mas a revolução islâmica do Irã renovou a principal identidade e a verdadeira natureza do povo. (…) Os líderes da arrogância estavam gritando que queriam abafar a revolução logo no início, mas agora a revolução pegou-os pela garganta em seus próprios palácios. Eles são inativos e estão se retraindo e se opõem ao povo livre que está se movendo em um caminho perfeito e os está pressionando”.[8]
A REVOLUÇÃO ISLÂMICA COMO MODELO
A liderança iraniana vê os distúrbios nos países árabes como um “despertar islâmico no mundo árabe” contra todos os governantes árabes “despóticos”, que são vistos como traidores da Revolução Islâmica iniciada por Khomeini, e exalta o poder de recuperação constante do Irã em face dos esforços do Ocidente de enfraquecer e comprometer sua independência.
• Em um sermão de oração em uma sexta-feira, dia 4 de fevereiro, na Universidade de Teerã, o líder religioso aiatolá Sevved Ali Khamenei disse: “A nação iraniana está vendo por si mesma como sua voz é ouvida em outras regiões do mundo. Os eventos de hoje no Norte da África, no Egito e na Tunísia e em outros países têm outro sentido para a nação iraniana. Eles têm um sentido especial. (…) Isto é o mesmo que um ‘despertar islâmico’, que é resultado da vitória da grande revolução da nação iraniana”. O líder iraniano se referiu à independência do Irã desde a revolução e sua não-dependência do Ocidente, dizendo: “O Xá costumava buscar aconselhamento dos Estados Unidos em todos os assuntos, o que significa dependência dos americanos”. Falando sobre o levante no Egito, ele observou: “A nação egípcia sente-se humilhada devido ao apoio do regime de Hosni Mubarak a Israel e por seguir os Estados Unidos. O sentimento por ser humilhada foi a razão para o levante da nação egípcia”.
• Ali Akbar Salehi, o ministro do Exterior iraniano, disse que a irrupção de um despertar islâmico por todo o Oriente Médio é o resultado direto da determinação e resistência demonstradas pelo Irã ao longo dos muitos anos de sua luta contra o Ocidente. Ele descreveu o levante do povo no Egito e na Tunísia e o protesto pró-democracia em andamento na Líbia e no Bahrein como milagres, tendo os 32 anos da revolução iraniana por detrás deles. Salehi teceu uma comparação entre a revolução iraniana de 1979 e os acontecimentos recentes no Oriente Médio e no Norte da África, afirmando que aquelas nações vêem o Irã como modelo a ser seguido.
• O presidente do Majlis (Parlamento iraniano) declarou que as superpotências ocidentais não têm nenhum papel nas revoluções populares que estão acontecendo atualmente no Oriente Médio. Ele descreveu o enfraquecimento da influência dos Estados Unidos na região, dizendo que durante anos esse país apoiou regimes ditatoriais em todo o mundo, mas que agora deve se retirar em face dos levantes populares espalhados por todos os lugares, que representam um tipo do Dia do Julgamento para os Estados Unidos.[9]
• O chefe da cadeia nacional de notícias do Irã (IRIB) disse que “os slogans, as inclinações e as exigências das pessoas durante os levantes no Norte da África e no Oriente Médio foram todos inspirados pela Revolução Islâmica (do Irã). (…) O que é mais importante é que o Irã de hoje se tornou um modelo para os povos daqueles países, a respeito dos quais os ocidentais estão muito amedrontados. Os políticos, escritores e analistas do Ocidente também já reconheceram essa influência em suas falas e artigos”.
Em casa, o Irã conseguiu com sucesso conter à força o protesto público que novamente ameaçava surgir, seguindo os levantes internos no mundo árabe. O Majlis publicou uma declaração, observando: “Os lamentáveis incidentes que aconteceram na Líbia, no Iêmen, no Bahrein e no Marrocos, e a matança desapiedada de pessoas por governantes despóticos são reminiscentes dos crimes perpetrados por todos os ditadores que tentaram permanecer no poder em toda a história. (…) Nós, os representantes da grande nação iraniana, condenamos esses crimes e mais uma vez anunciamos que apoiamos fortemente as campanhas das nações islâmicas”.[10]
PRIMEIRO NÓS TOMAMOS O BAHREIN
Os recentes sucessos do Irã, a crescente confiança e o progresso em direção à obtenção de armas nucleares, inspiram esperança nos corações das populações xiitas oprimidas em todo o mundo árabe, especialmente no Bahrein e no leste da Arábia Saudita. O Irã está investindo recursos para agilizar essa atividade, com um foco na força Revolucionária da Guarda Al-Quds. Os ativistas libaneses do Hezb’Allah também estão trabalhando em favor do Irã no Iraque, nos Estados do Golfo e no Egito, para disseminar a mensagem xiita e animar os xiitas a se oporem aos regimes, enquanto também tentam converter os sunitas ao xiismo.
Nesse contexto, o Bahrein representa a zona vulnerável e desprotegida. Uma série de destacados analistas iranianos se referiu ao Bahrein no passado como a 14ª província iraniana, inclusive Ali Akbar Nateq-Nuri, presidente anterior do Majlis iraniano, e Hossein Shriatmadari, editor-chefe do jornal conservador Kayhan, que está próximo ao líder iraniano.[11] O Irã reivindicou soberania sobre o reino da ilha de Bahrein uma vez que esse reino esteve sob o governo persa durante dois séculos, começando em 1602. Quando a Grã-Bretanha decidiu retirar suas tropas do Golfo em 1968, o Irã renovou sua reivindicação de soberania, mas em um plebiscito realizado em 1970, patrocinado pelas Nações Unidas, os residentes da ilha decidiram pela independência em vez da anexação ao Irã. Em 1971, o Bahrein foi reconhecido como um país independente. Depois disso, o Xá abandonou as reivindicações persas, mas elas têm sido ouvidas novamente desde a Revolução Islâmica no Irã. Mubarak, [então] presidente do Egito, visitou o Bahrein em 2008 para expressar seu apoio contra um histórico de ameaças iranianas.
A família real sunita do Bahrein teme repetidos atentados de desestabilização pelo Irã, usando elementos xiitas da oposição. Os xiitas representam mais de 70% da população do Bahrein, alguns dos quais são árabes e outros são persas. Todavia, eles não estão colocados em nenhuma posição de poder nem têm influência sobre o que acontece no reino. Alguns foram aprisionados no ano passado, em uma ação preventiva, pelas forças de segurança.
Em duas ocasiões, o Bahrein acusou o Irã de subversão no seu território: em 1996, o reino desmascarou um grupo local do Hezb’Allah que se auto-denominava Ala Militar do Hezb’Allah-Bahrein, deteve muitos de seus participantes e deportou alguns deles. Reclamações semelhantes surgiram em 1981, quando o Bahrein desmascarou a Frente Islâmica Para a Libertação do Bahrein, que tentava realizar um golpe de Estado em seu território.
Agora, à luz das recentes mudanças no mundo árabe, da fraqueza dos líderes árabes e da renovação do protesto no Bahrein, o reino teme uma combinação do envolvimento iraniano mais forte e de manifestantes altamente motivados como um produto secundário do momento de protesto em outras nações árabes.
A Quinta Frota Americana tem seu quartel-general no Bahrein, servindo como base para defender os Estados do Golfo da ameaça iraniana. Os Estados Unidos insistiram com os líderes do Bahrein para que continuem a promover reformas e processos democráticos no reino. Mas, ao mesmo tempo, eles temem um cenário ao estilo do Egito, com a perda dessa importante base no Golfo Pérsico. O Irã vem realizando exercícios navais nas águas do Golfo em anos recentes, enquanto continua a manter grupos ocultos para ações de terrorismo e para uma insurreição no Bahrein e em outras nações do Golfo, aguardando o momento para dar a ordem de um impulso nas atividades subversivas iranianas naqueles países.
Teerã sente que agora é o momento certo para intensificar sua intervenção nos eventos dos Estados do Golfo, especialmente entre a população xiita. Na vizinha Arábia Saudita há um crescente medo de um desafio xiita maior ao reino. Uma mudança de regime no Bahrein poderia resultar em maior marginalização dos Estados Unidos no Golfo e em posterior reforço do status do Irã como uma força-chave na região, representando uma ameaça intrínseca aos pequenos Estados do Golfo.
Em suma, o colapso da antiga ordem árabe nos países sunitas moderados do Oriente Médio é, pelo menos em curto ou médio prazo, favorável a Teerã e tem melhorado significativamente o status geo-estratégico daquele país e sua habilidade de promover uma agenda ambígua, que o Irã define como “uma mudança no equilíbrio regional”. Ele está aproveitando a atual comoção do mundo árabe e a confusão do Ocidente para intensificar sua intervenção e sua influência por toda a vizinhança no Golfo Pérsico, assim como por outras regiões que estavam anteriormente sob a influência dos Estados Unidos e do Ocidente, enquanto explora também os recursos do Hezb’Allah, da Síria e do Hamas.
NOTAS:
1. Resalat, 20 de fevereiro de 2011
2. Quds, 24 de fevereiro de 2011
3. “Iran”, 26 de fevereiro de 2011
4. Voice of the Islamic Republic of Iran [Voz da República Islâmica do Irã], 31 de janeiro de 2011
5. IRINN, 23 de fevereiro de 2011
6. IRINN, 23 de fevereiro de 2011
7. IRNA, 23 de fevereiro de 2011
8. Fars News Agency, 5 de fevereiro de 2011
9. IRNA, 25 de fevereiro de 2011.
10. Mehr News, 23 de fevereiro de 2011
11. Em julho de 2007, o editor do Kayhan chamou o Bahrain de uma província iraniana. “Os governos dos Estados do Golfo foram estabelecidos como resultado da intervenção direta da arrogância mundial (do Ocidente) e são acusados por suas populações de colaboração com a entidade sionista. (…) Eles sabem que o terremoto que aconteceu no Irã (a Revolução Islâmica), mais cedo ou mais tarde, ocasionará o colapso de seus regimes ilegais”. Em um outro artigo, o editor escreveu: “Algumas décadas atrás, o Bahrain era uma província iraniana, mas se separou do Irã por causa do acordo assinado entre o Xá e os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha”.
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PRIMAVERA ÁRABE, INVERNO JUDEU.
ANÁLISES E PERSPECTIVAS PARA O ORIENTE MÉDIO E O MUNDO.
No dia 17 de dezembro do ano passado, o vendedor de frutas tunisiano Tarek al-Tayyib Muhammad ibn Bouazizi ateou fogo no próprio corpo, depois de postar um desabafo no Facebook. Órfão de pai e arrimo de família, Bouazizi não suportou ver seu carrinho de frutas confiscado por fiscais do governo e tomou a drástica decisão de se auto-imolar. 18 dias depois, no dia 4 de janeiro de 2011, faleceu no hospital da cidade de Ben Aros, na Tunísia.
Durante a quinzena em que esteve hospitalizado, uma silenciosa revolução digital começou através dos profiles da mesma rede social usada por Bouazizi para as suas despedidas. Algo em torno de 5.000 pessoas participaram do cortejo fúnebre de Bouazizi e a revolução saiu do Facebook para as ruas. De nada adiantaram a visita do Presidente Zine El Abidine Ben Ali ao hospital nem as promessas de lhe restituir o carro de frutas e o trabalho. 10 dias depois da morte de Bouazizi, Ben Ali era deposto.
A Revolução que começou no Facebook espalhou-se como rastilho de pólvora pelo Oriente Médio e à medida que avançou rumo ao fim do Inverno no hemisfério norte, foi poeticamente batizada de Primavera Árabe.
Como, a princípio, nada dizia respeito direto a Israel, tema sobre o qual venho me debruçando há décadas, limitei-me a ser um mero observador. Escrevo sobre Israel e não Oriente Médio. Só avanço em assuntos regionais quando estes imbricam com os interesses israelenses. E foi apenas por isso – e não por menosprezar o momento histórico que vivia – que vim a escrever o primeiro artigo apenas duas semanas depois. Com “Um (falso) Sonho de Liberdade”, publicado no dia 02 de fevereiro, comecei a série de cinco artigos onde abordei a forma como os israelenses já eram considerados “responsáveis” (sic) pela marcha dos acontecimentos e observações sobre o futuro das relações dos povos árabes com Israel.
O Egito está explodindo e a culpa é de Israel (02 de Fevereiro)
Ingenuidade, ignorância ou má fé? (04 de Fevereiro)
Festa em parte do Oriente Médio (11 de fevereiro)
O jogo continua (12 de fevereiro)
Presidente do Yemem acusa Israel pela instabilidade dos países árabes (01 de Março)
Bem vindos à realidade (09 de março)
Indagado sobre minhas opiniões pessoais, confessei francamente que não sabia onde as coisas iriam parar. E se, chegando lá, isso seria muito negativo ou extremamente negativo para Israel. Não há outra opção.
Depois de derrubar dois governos e levar um terceiro à guerra civil, a Primavera Árabe desestabilizou completamente o mundo árabe deixando dúvidas latentes até mesmo entre os mais experientes analistas internacionais.
De certo apenas uma coisa: O grande perdedor é Israel. Por quê? Porque, até agora, o grande ganhador é o Irã.
Para entender isso, compartilhamos aqui, com a devida autorização de copyright, a melhor análise feita até agora e publicada na revista Notícias de Israel. Portanto, Notícias de Sião e Notícias de Israel buscam, quase que simultaneamente, através do artigo de um especialista, trazer um pouco de luz para compreensão dos fatos que atualmente estão acontecendo no Oriente Médio.
A tarefa de tentar explicar o que está por vir coube a Michael Segall, um tenente-coronel das FDI (Forças de Defesa de Israel), que está atualmente na reserva. Segall é especialista em questões estratégicas, com enfoque no Irã, em terrorismo e no Oriente Médio.
Achamos de significativa importância que nosso próximo texto seja divulgado das mais diversas formas. Por isso, convocamos os leitores a enviarem os links, tanto doNotícias de Sião quanto do Notícias de Israel, para o maior número possível de pessoas. As redes sociais são ferramentas excelentes de divulgação. E se o Facebook foi capaz de desestabilizar uma região, por que não usá-lo para esclarecer aqueles que na dúvida estão?
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A DIFERENÇA ENTRE JUDEUS E PALESTINOS
CINCO ANOS SEM GILAD SHALIT
ATITUDE JUDAICA
Nesta manhã, por 5 minutos, Israel esteve parado num silencioso protesto pelos 5 anos do seqüestro do soldado Gilad Shalit. Preces e leitura de Tehilim marcaram o triste evento.
Israel parou na manhã de hoje, 15, numa das maiores manifestações jamais vista. Em Tel Aviv a parada dos carros provocou um sem número de engarrafamentos. Já é tradição em Israel paradas de 1 e 2 minutos em memória das vítimas da Shoah e em homenagem aos soldados mortos nas guerras em defesa da nação. Mas, o protesto de hoje durou longos 5 minutos.
Ofer Ben Tal, um dos organizadores da campanha em prol da libertação de Gilad (Sheli) Shalit pediu a população que parassem seus afazeres por cinco minutos, um para cada ano de cativeiro do soldado israelense que foi seqüestrado por terroristas do Hamas e permanece preso até hoje.
Também esta manhã, em Eilat, no sul do país, Shimon Peres reafirmou os esforços do Governo Israelense em libertar Shalit. “A nação inteira está unida em seus corações na esperança de que Gilad Shalit brevemente esteja entre nós. Íntegro e saudável!”, sintetizou o Presidente de Israel.
Mostrando o caráter completamente oposto das manifestações dos auto-denominados palestinos, não houve gritos de Guerra, nem pedidos de banhos de sangue contra seus inimigos. O que se viu (e verá ao longo do dia) foram preces a favor do soldado seqüestrado e da sua família, brutalmente privada da presença do ente querido e vítima constante de terrorismo psicológico, com as troças que são freqüentemente feitas pelos palestinos usando as imagens de Shalit. Verdadeiras ou falsas.
O caráter do povo judeu pode ser observado pela postura do rabinato local, que ao invés de se comportarem como os líderes islâmicos, que constantemente incentivam o ódio contra Israel, preferiram fazer como sempre: Leram trechos das Sagradas Escrituras!
Shlomo Amar, o principal rabino da comunidade Sefardita, fez a leitura pública do Tehilim (Salmos) 27. Propositalmente, a leitura durou exatos 5 minutos!
O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?
Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos, se chegaram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram.
Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nisto confiaria.
Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo.
Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha.
Também agora a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos que estão em redor de mim; por isso oferecerei sacrifício de júbilo no seu tabernáculo; cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor.
Ouve, Senhor, a minha voz quando clamo; tem também piedade de mim, e responde-me.
Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.
Não escondas de mim a tua face, não rejeites ao teu servo com ira; tu foste a minha ajuda, não me deixes nem me desampares, ó Deus da minha salvação.
Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá.
Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e guia-me pela vereda direita, por causa dos meus inimigos.
Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois se levantaram falsas testemunhas contra mim, e os que respiram crueldade.
Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes.
Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor.
ATITUDE PALESTINA
Desde o seqüestro do soldado israelense, o grupo Hamas tripudia em cima da dor da família de Gilad Shalit. A imagem de Shalit já foi vilipendiada das mais horrorosas formas.
A pilhéria mais recente aconteceu no final do ano passado, quando o grupo terrorista fez uma parada onde, num dos postos altos do “evento”, eles desfilaram com um sósia de Shalit algemado. A multidão em êxtase “festejava” a palhaçada.
As imagens, distribuídas nos sites árabes, não foram divulgadas pela chamada grande mídia. Obviamente que se o fizessem colocaria em risco a imaculada imagem que eles querem fazer dos coitadinhos palestinos.
SAIBA MAIS
Veja o que já publicamos sobre Gilad Shalit clicando nos links abaixo
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FOTOS DO MASSACRE EM ISRAEL
A DISCRIÇÃO DA MORTE E UMA EXCESSÃO NECESSÁRIA
ou PORQUE ISRAEL DECIDIU MOSTRAR AS FOTOS DO MASSACRE EM ITAMAR
“D’us recolhe as lágrimas dos que choram pelos íntegros que morrem e as guarda em Seu tesouro” (Talmud)
Em julho de 2008 o grupo terrorista Hizbollah entregou os corpos dos soldados israelenses Ehud Goldwasser e Eldad Regev, que foram capturados e mortos em 2006. A Cruz Vermelha informou que os soldados israelenses morreram em decorrência de ferimentos, provavelmente provocados por uma execução. Quando a organização terrorista mostrou para a mídia os dois caixões negros, Israel prometeu libertar cinco prisioneiros capturados na Guerra do Líbano. E foi o que fez, após confirmarem que os corpos eram mesmo dos soldados desaparecidos.
Dois detalhes chamaram a atenção neste episódio. Primeiro, o fato dos soldados israelenses terem sido executados no mesmo dia em que os terroristas os seqüestraram, enquanto outros terroristas, presos pelas Forças de Defesa de Israel, recebiam tratamento humano supervisionado por Organizações JUDAICA de Direitos Humanos!
O segundo detalhe que chamou atenção foi que entre os terroristas libertados em troca dos corpos estavam cinco elementos da mais alta periculosidade para a segurança de Israel: Maher Qorani, Mohammad Srour, Hussein Suleiman, Khodr Zeidan e Samir Kantar. Este último, preso desde 1979, foi condenado pelo assassinato de cinco israelenses e era considerado na época o prisioneiro libanês mais importante. Chamado em Israel de “O Mal em Pessoa”, Samir Kantar foi perdoado formalmente pelo então presidente Shimon Peres que afirmou ter tomado uma das decisões mais difíceis da sua vida.
Na oportunidade, o dirigente israelense destacou que aquele gesto não significava de maneira alguma “perdão para os atos de Kantar”, mas sim um dia triste para todos os israelenses, pois soltar assassinos não era algo fácil.
Shimon Perez disse então que “Israel tinha a obrigação moral e espiritual de trazer seus soldados de volta para casa”.
Mas, por que Israel valoriza tanto o simbolismo de resgatar corpos? E por que chora seus mortos em segredo, enquanto os inimigos transformam cada enterro em feéricas passeatas?
Simplesmente porque Israel não espetaculariza seus mortos. Para o judeu, a morte é algo doído, que deve ser chorada apenas entre os seus. Esta é a razão pela qual os enterros palestinos têm mais visibilidade midiática que os israelenses. E como é mais midiática, o mundo se choca mais com a morte de terroristas palestinos do que de judeus inocentes.
Para entender um pouco mais a reserva que Israel faz em relação aos seus mortos, é preciso conhecer alguns aspectos da sua cultura e aquilo que os judeus chamam de Ciclo da Vida. Este começa com o Nascimento, um momento de alegria, quando acontece o Brit Milá; prossegue rumo a Maturidade, quando os rapazes fazem o Bar Mitzvah e as meninas o Bat Mitzvah e chega o momento em que as crianças tornam-se adultas, assumem responsabilidades e recebem a Bênção dos Pais. Depois disso vem o Casamento, um momento de festa. Vindo os filhos, recomeça o Ciclo. Com a chegada da morte, este Ciclo se fecha e é o momento em que eles sofrem, em família.
Resguardar aqueles que sofrem a perda de um ente querido é tão sagrado no Judaísmo quanto as demais práticas religiosas. Esta é a razão pela qual você jamais verá um enterro judaico transformado em espetáculo público, como fazem os palestinos, conduzindo em êxtase caixões decorados em passeatas públicas.
Mas, por que no caso de Itamar o Governo Israelense, os ortodoxos e a família Fogel decidiram se expor? Simplesmente para dar um basta! O mundo precisa saber o que silenciosamente vem acontecendo em Israel. Foguetes caem diariamente sobre cidades fronteiriças da Faixa de Gaza e o mundo está calado. Famílias inteiras em suas casas e crianças nas escolas vivem o cruel ritual de terem que correr para abrigos a todo momento e o mundo está calado. Colonos trabalham sob tensão e ao se recolherem em suas casas no final do dia têm que manter vigilância constante, pois não sabem o que pode lhes acontecer quando a noite cai. E o mundo está calado.
O massacre de Itamar foi o corolário de uma série de barbáries que vem acontecendo há décadas em Israel. A decisão de romper o silêncio mostrando com crueza o que aconteceu à família Fogel não só foi dolorosa quando necessária.
Em 20 de Novembro de 1945, quando começou o julgamento dos Nazistas em Nuremberg, Alemanha, o promotor norte-americano Robert Jackson percebeu que estava diante de uma situação incomum. Entre os 24 principais criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial estavam verdadeiros monstros, mas que eram hábeis manipuladores da oratória, das artes cênicas e das emoções de quem os ouvia. Como o julgamento arrastou-se por longos 261 dias, crápulas como Hermann Göring, surpreendentemente, começavam a granjear simpatizantes entre os membros do júri.
Robert Jackson já havia lido pilhas de depoimentos de sobreviventes dos Campos de Concentração. Os depoimentos eram tão surreais que beirava o impossível. Vendo que não estava a surtir efeito, Jackson trouxe pessoas reais para depor. Homens sem cordas vocais, mulheres esquálidas e crianças brutalmente mutiladas pelas experiências feitas nos laboratórios de Josef Mengele. Mesmo assim os resultados foram pífios.
Foi aí então que Robert Jackson jogou a cartada final: Exibiu no Tribunal um longo vídeo, gravado pelos oficiais norte-americanos assim que entraram nos Campos de Concentração. O impacto das imagens reverter completamente a situação e o julgamento terminou por condenar à morte a maioria dos réus.
Muito já foi escrito sobre a forma como os israelenses são aterrorizados pelos seus inimigos. Muito já foi testemunhado por sobreviventes ou parentes das vítimas israelenses. Chegou a hora do basta! Esta é a razão pela qual a Família Fogel, o Gabinete de Benyamin Netanyahu e a Mídia Israelense resolveram mostrar as imagens.
Cabe agora, a cada um de nós, fazer juízo do que está sendo mostrado e não se calar diante dos fatos. Nós não nos calaremos!
UMA HOMENAGEM À MEMÓRIA DA MISHPACHA FOGEL (FAMÍLIA FOGEL)
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IMAGENS CHOCANTES
O ASSASSINATO DA FAMÍLIA DE COLONOS JUDEUS EM ITAMAR
Prezados leitores. O Blog Notícias de Sião não tem caráter sensacionalista. E nunca o terá. Mas, fazemos questão de divulgar, por um breve espaço de tempo, as imagens do brutal assassinato ocorrido na Samaria.
Um grupo de palestinos invadiu a casa de uma pacata família judia e trucidou 5 dos 8 membros. Isso numa noite de Shabat, enquanto todos dormiam.
Publico estas fotos com o coração destroçado. Sou pai e fico a imaginar o desespero deste pai judeu ao ver sua família sendo atacada de forma tão vil. Refleti muito antes de decidir se deveria ou não publicar as fotos. Acabei por fazê-lo, em caráter temporário, por achar necessário, uma vez que um grande grupo de internautas defendem os “coitados palestinos” como indefesos e inocentes vítimas dos truculentos israelenses. Balela pura.
Esta matéria ficará on-line apenas no dia de hoje. Custa a crer que seres humanos (?) saíram às ruas para comemorar como “heróico” um ato tão covarde.
NÃO FIQUE CALADO. USE O ESPAÇO DOS “COMENTÁRIOS” PARA MANIFESTAR SEU REPÚDIO.
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TRAGÉDIA NA SAMARIA
PALESTINO MATA FAMÍLIA ISRAELENSE
Cinco integrantes de uma mesma família de colonos, moradores do assentamento israelense de Itamar, na Samaria (chamada de Cisjordânia pelos árabes), foramassassinados a facadas enquanto dormiam.
O ataque, ocorrido na noite passada, tem contornos de abominável perversidade. A família assassinada é ortodoxa e como já era Shabat, estavam completamente recolhidos. Os ortodoxos não fazem praticamente nada no Shabat.
Além dos pais, os assassinos esfaquearam um bebê de 1 mês, uma criança de 3 anos e outra de 11 anos. Duas crianças que encontravam-se num quarto ao lado sobreviveram. A filha mais velha também escapou. Foi ela quem encontrou os corpos.
O Hamas e a Jihad Islâmica elogiaram o atentado qualificando-o de “Operação Heróica” e moradores da Faixa de Gaza saíram às ruas para comemorar.
O líder dos colonos, Danny Dayan, declarou à BBC: “Não há palavras para expressar o horror e a dor. Aqueles que se iludiram pensando que os palestinos mudaram de atitude e que podemos confiar na colaboração com eles, hoje receberam um tapa na cara.”
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CRISTÃOS ATACADOS NO EGITO
BEM VINDOS À REALIDADE
Tal qual comentamos em artigo recente, os ventos que sopravam no Egito traziam umfalso sonho de liberdade. E as notícias que nos chegam daquele país país árabe confirma nossas observações.
O início desta quarta-feira não foi de cinzas para os cristãos do Egito. Foi de sangue. O sábado passado é que foi de cinzas. Cinzas de mais uma igreja cristã copta queimada por muçulmanos.
A Igreja Ortodoxa Copta é uma das mais antigas do mundo. De acordo com a tradição, teria sido estabelecida no Egito por volta do ano 60 d.C. através do trabalho missionário do apóstolo Marcos. Trata-se, portanto de uma igreja local cujas origens remontam tempos pré-islã. O islamismo só viria a surgir quase 600 anos depois quando terminou a pseudo-revelação do Alcorão, em 632 d.C.
A Igreja “Copta” – que significa “Egípcio” – é dirigida hoje pelo patriarca Shenouda III e embora tenha hierarquia e nomenclatura parecidas com a Igreja Católica, não está alinhada com Roma.
Segundo informações do site A Voz dos Coptas, um grupo de muçulmanos de uma aldeia ao sul do Cairo atacou o prédio da igreja e a queimou, quase matando o líder local depois que um imã – o líder islâmico local – fez um apelo conclamando os muçulmanos a “matar todos os cristãos”.
O ataque começou na sexta-feira, 4, a 35 km do Cairo na aldeia de Sool, pertencente à cidade de Helwan. As severas agressões se prolongaram por todo o sábado causando a princípio apenas danos materiais.
O imã local, Sheikh Ahmed Abu Al-Dahab, emitiu a chamada durante as orações de sexta-feira à tarde, conclamando os muçulmanos da área para matar os cristãos, porque eles não tinham “nenhum direito” de viver na aldeia. O ataque começou algumas horas depois.
O Reverendo Hoshea (Oséias) Abd Al-Missieh, o líder que escapou por pouco da morte no incêndio, disse que o clamor da igreja sendo dilacerada soava como “ódio”.
“O som da igreja sendo destruída é impossível de ser descrito. Eu apenas diria que foi horrível”, concluiu o Reverendo Hoshea.
De acordo com moradores locais, a multidão invadiu a Igreja aos gritos de “Allahu Akbar”, o brado de guerra islâmico. Atualmente, e como forma de mostrar-se uma religião monoteísta, os muçulmanos dizem que a frase significa “Allah é Grande”, mas estudos etimológicos mostram que a frase original era “Allah Hu Akbar”, ou seja, “Alá e Akabar”, duas divindades pagãs da época de Maomé. O Islamismo, portanto, não é uma religião monoteísta.
Os muçulmanos saquearam objetos sacros do templo, vandalizaram equipamentos dos trabalhos sociais e demoliram as paredes com marretas. Depois, atearam o fogo.
Depois do fogo extinto, a multidão destruiu o pouco que restou da estrutura da igreja, fez uma cerimônia com rezas islâmicas e recolheram dinheiro para a construção de uma mesquita no local.
O líder regional dos Coptas em Gizé, Reverendo Youaqeem (Jeoaquim) disse que os muçulmanos “destruíram a igreja completamente” sendo que “tudo o que restou foram apenas algumas colunas”. Desolado, o velho líder concluiu: “Como edifício, está tudo acabado.”
Durante o incêndio, Hoshea foi preso em uma casa próxima ao prédio da igreja que estava cheio de fumaça. Durante o tempo em que lá esteve Hoshea enfrentou um difícil dilema: Morria queimado ou saía e enfrentava a fúria da turba composta de milhares de muçulmanos gritando por sangue.
“Quando a fumaça era muita, eu disse a mim mesmo: ‘Vou morrer de qualquer jeito’, então decidi que iria sair e foi tudo o que aconteceu”, disse Hoshea.
Quando saiu, deparou-se com um homem armado com um rifle que exigiu que o seguisse. De início, Hoshea relutou, mas depois que o homem fez um disparo para o ar pedindo para a multidão se afastar, ele o seguiu.
“Ninguém vai tocar neste homem, ele está comigo”, dizia o homem. Hoshea foi então levado para uma casa onde se encontrou com outros três trabalhadores que estavam na igreja quando esta foi atacada. Todos relataram o mesmo histórico de “resgate” efetuado pelo misterioso homem do rifle.
CRONOLOGIA DOS ACONTECIMENTOS
As atuais escaramuças contra os cristãos começaram há vários dias. No início deste mês, moradores de uma aldeia chamada Sool acusaram uma mulher muçulmana de cerca de 30 anos e um homem copta de 40 de estar envolvido com o outro. No Egito, muitos homens cristãos optam casar-se com mulheres muçulmanas como forma de “maquiarem” uma suposta conversão ao islamismo e fugirem da perseguição religiosa. Na quarta-feira, 2 de março, um conselho de cristãos e muçulmanos se reuniu tendo os integrantes concordado que o homem deveria deixar a aldeia como forma de evitar uma violência sectária.
No dia seguinte, um dos primos da mulher expulsa envolveu-se numa luta corporal com o pai desta onde acabou por matá-lo num crime considerado “em defesa da honra” da família. No mesmo dia, o primo morreu vítima dos ferimentos que sofreu na luta. Na sexta-feira, 4, Al-Dahab, o imã local, culpou os cristãos como responsáveis pelos incidentes na vila e exortou todos os muçulmanos em Sool a matá-los.
Devido ao ataque, os cristãos de Sool fugiram para aldeias vizinhas. As mulheres cristãs que permaneceram na aldeia estão sendo – neste momento! – abusadas sexualmente, de acordo com depoimento de Jeoaquim ao site A Voz dos Coptas. Jeoaquim acrescentou nesta terça-feira, data em que o mundo celebrou o Dia Internacional da Mulher, que vem recebendo desesperados telefonemas das mulheres da aldeia implorando por ajuda.
“Todos tentaram encontrar uma maneira de sair, mas grupos muçulmanos estabeleceram bloqueios em torno de Sool declarando sua intenção de transformá-la em uma ‘aldeia islâmica’”, afirmou Jeoaquim.
No domingo, 6, cerca de 2.000 pessoas se reuniram em frente ao edifício da televisão e da rádio do Cairo para protestar contra o ataque e contra aquilo que os coptas vêem como a recusa do governo em resolver ou mesmo reconhecer a perseguição dos cristãos no Egito. Os manifestantes também acusaram o governo de não enviar tropas suficientes para a aldeia para controlar a situação. Segurando símbolos cristãos, os manifestantes gritavam o nome de Jesus e frases como “Precisamos da nossa igreja!”
O protesto era observado por soldados armados com fuzis AK-47 enquanto várias lideranças se revezavam nos discursos dirigidos à multidão. Quando o reverendo responsável por uma das igrejas de Gizé, Anba Teodósio, disse que o Exército se comprometera a reconstruir a igreja, mas não lhe dera garantias de que isso aconteceria, houve revolta entre os cristãos ali reunidos.
Um pouco antes da violência explodir de forma generalizada, alguns jornalistas perguntaram ao reverendo Jeoaquim quais as perspectivas que ele via para os acontecimentos. “Como costumamos dizer, ‘todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito’”, concluiu o líder cristão citando palavras do Apóstolo Paulo na sua Carta aos Romanos.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Na manhã desta quarta-feira, 9, as notícias que nos chegam do Egito não são nada alvissareiras. Veja abaixo matéria distribuída pela agência EFE e publicadas no Portal UOL.
Confrontos deixam ao menos 10 mortos no Egito
Enfrentamentos entre cristãos e muçulmanos na noite desta terça-feira deixaram dez mortos e 110 feridos no Cairo, no bairro de Moqqatam e em suas proximidades, informaram nesta quarta-feira as autoridades egípcias.
Os distúrbios aconteceram depois que grupos de cristãos interditaram uma estrada durante um novo dia de protestos devido ao incêndio de uma igreja no sábado passado na província de Helwan, no sul da capital egípcia.
Segundo a agência oficial de notícias “Mena”, que cita o chefe de Emergências do Ministério da Saúde, Sharif Zamel, o número de mortos e feridos foi calculado em diversos hospitais, onde foram atendidas as vítimas desses incidentes.
Estes são os choques mais violentos que se registram no Cairo depois da queda do regime político de Hosni Mubarak, no dia 11 de fevereiro.
De acordo com o dirigente de uma associação de cristãos coptas egípcios, Najib Gibrail, os enfrentamentos desta terça-feira à noite ocorreram após uma manifestação pacífica de cristãos, que bloquearam uma estrada.
Grupos de muçulmanos procedentes de um bairro do outro lado da estrada chegaram ao local para tentar desbloqueá-la.
Segundo Gibrail, várias casas foram incendiadas no bairro de Moqqatam, em sua maioria catadores de lixo, conhecidos como “zabbalin”.
Os cristãos representam cerca de 10% da população do Egito, um país majoritariamente composto por muçulmanos.
Confrontos entre cristãos e muçulmanos ocorrem com certa freqüência no país, por motivos pessoais ou divergências religiosas.
[Fugindo à responsabilidade dos muçulmanos] o grupo político-religioso Irmandade Muçulmana acusou remanescentes do regime de Hosni Mubarak de provocar esses incidentes.
Publicado em Notícias
GILAD SHALIT SERÁ LIBERTADO
ESFORÇO CONTÍNUO NO GABINETE DE NETANYAHU
“Não se passa um dia sequer sem que estejamos a trabalhar pela volta de Gilad Shalit.”
A declaração foi feita hoje pelo primeiro ministro israelense Binyamin Netanyahu aos Mineiros do Chile que visitavam seu gabinete.
Netanyahu disse do seu anseio em ver o soldado israelita, seqüestrado pelos terroristas do Hamas em 2006, liberto ainda durante o seu mandato.
“Não posso lhes dar detalhes sobre os nossos esforços para libertar Gilad Shalit, mas estejam certos de que não se passa um dia sequer em que não estejamos trabalhando para isso”, disse o Primeiro Ministro, segundo o jornal Jerusalém Post.
“Mesmo sem poder lhes dar detalhes, digo-vos que nossos esforços têm o mesmo objetivo dos esforços empreendidos na Nova Zelândia” [onde se trabalha no resgate dos soterrados pelo terremoto]. “Estejam certos de que, em relação ao Shalit, o nosso objetivo é o mesmo”, finalizou Netanyahu.
Nesta quarta-feira completaram-se1.711 dias do seqüestro de Gilad Shalit. Desde então ele tem sido objeto dos mais constrangedores espetáculos de humilhação perpetrado pelos terroristas do Hamas.
Publicado em Notícias, Terrorismo
A QUEDA DO ANTISSEMITA
JOHN GALLIANO É DEMITIDO DA CHRISTIAN DIOR
Do Portal UOL
O estilista John Galliano foi demitido da grife Christian Dior nesta terça-feira (1º), informou o jornal francês “Le Monde”.
“Em razão do comportamento de caráter particularmente detestável de John Galliano no vídeo divulgado na segunda-feira, a maison Christian Dior decidiu por sua demissão imediata e iniciou o processo de desligamento”, disse a grife em comunicado, em referência às imagens divulgadas pelo tablóide britânico The Sun, em que o estilista dizia “eu amo Hitler”.
A Dior havia suspendido Galliano na sexta-feira, após acusações de racismo porinsultos antissemitas que teria proferido a um casal no café La Perle. Foi neste mesmo café, no boêmio bairro do Marrais, em Paris, que o vídeo foi gravado, em dezembro de 2010.
“Nós repudiamos em absoluto os comentários feitos por John Galliano, que são totalmente incoerentes com os valores da Christian Dior”, afirmou o presidente da marca Sidney Toledano em comunicado.
John Galliano ocupava o posto de diretor criativo da grife francesa desde 1996, com a saída de Gianfranco Ferré.
A última coleção de Galliano para a Dior será apresentada nesta sexta-feira, às 14h30 (horário local), durante a semana de moda de Paris. O estilista também desfilará o Inverno 2011 da marca que leva seu nome no domingo, às 17h.
Na noite de segunda, a atriz Natalie Portman divulgou comunicado em repúdio aos comentários de Galliano. A vencedora do Oscar de melhor atriz por “Cisne Negro” é atual garota-propaganda do perfume Miss Dior Chérie.
COMENTÁRIO DESTE BLOG: MAZAL TOV, CHRISTIAN DIOR!
Publicado em Antisemitismo, Notícias
ISRAEL É O CULPADO!
PRESIDENTE DO YEMEM ACUSA ISRAEL PELA INSTABILIDADE DOS PAÍSES ÁRABES
Durante décadas os ditadores árabes – fossem eles primeiros-ministros, presidentes, reis, mulás, xeques ou gênios de lâmpadas – espoliaram, reprimiram, humilharam, massacraram seu próprio povo até ao limite e o planeta se calou. O único país do mundo a não querer nada com eles foi Israel.
E não é que agora, quando a paciência das populações árabes parece chegar ao limite, os ditadores arranjaram logo um culpado para as revoltas? Um faláfel para quem adivinhar quem é. Isso mesmo: ISRAEL!
Na manhã de hoje, 1 de Março, o Presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, acusou Israel de dirigir os protestos nos países árabes, pedindo a derrubada dos seus regimes.
“Todos esses protestos são financiados pelos sionistas de Israel e a sala de comando das operações fica em Tel Aviv”, disse Saleh em um discurso dirigido aos professores da Universidade de Sana.
Os comentários de Saleh coincide com uma onda de protestos onde os principais líderes da oposição yemenita pediram a renúncia do governante.
Mas, o que é pior: A probabilidade de que estas populações venham a culpar Israel por seu infortúnio não está descartada. Líderes acusando Israel pelo caos e liderados acusando Israel por tudo.
É lamentável lembrar que nos oito anos do Governo Lula, ditaduras como as de Mubarak, Kadafi, Ben Ali e Abdullah Saleh foram sistematicamente afagadas por Luiz Inácio e seu fiel escudeiro, o famigerado Celso Luiz Nunes Amorim.
LIGAÇÕES PERIGOSAS
Terroristas não têem alma, não têem família, não têem coração, não vale a pena nem serem chamados de animais..Basta!!
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